O Presidente de Viana do Castelo que agora vai presidir o Eixo Atlântico, que engloba o Baixo Minho e Braga, tem defendido a utilização dos fundos do Transporte de Alta Velocidade (TAV), em toda a Linha do Minho.
Os estudos da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE) demonstraram que seria um erro desviar o TAV de Braga, através de estudos comparativos com estações noutras localizações nomeadamente em Barcelos. Porém, José Maria Costa tem defendido a utilização dos fundos destinados ao TAV, para a transformação da actual Linha do Minho numa "ligação de velocidade elevada", defendendo essa alteração apesar do desvio que implica a actual Linha do Minho na ligação Porto-Vigo.
Observemos os factos, o actual percurso é de 3h30m (Porto-Vigo), e dificilmente poderá ser muito inferior a 2 horas.
Surge porém na argumentação, que com um investimento até 180M€ se poderá transformar numa viagem de 1h15m, apesar de se tratar de um percurso com 175km, mais 25km que o TAV, que cruza várias áreas residenciais, e tem um nível de prestações inferior ao TAV. É defendido, que se conseguiria uma média de 150km/h enquanto o TAV teria uma média de 170km/h. A defesa destes tempos tão próximos do TAV, surgem certamente na necessidade de ser alternativa ao TAV e ao transporte automóvel.
A outra vertente da argumentação passa pelo baixo custo da construção, recorrendo aos fundos comunitários do TAV, porém como a recente crise vem demonstrando, não basta construir é preciso justificar, manter e rentabilizar, ora esta linha é a inversão completa do que é a Região.
Surge porém na argumentação, que com um investimento até 180M€ se poderá transformar numa viagem de 1h15m, apesar de se tratar de um percurso com 175km, mais 25km que o TAV, que cruza várias áreas residenciais, e tem um nível de prestações inferior ao TAV. É defendido, que se conseguiria uma média de 150km/h enquanto o TAV teria uma média de 170km/h. A defesa destes tempos tão próximos do TAV, surgem certamente na necessidade de ser alternativa ao TAV e ao transporte automóvel.
A outra vertente da argumentação passa pelo baixo custo da construção, recorrendo aos fundos comunitários do TAV, porém como a recente crise vem demonstrando, não basta construir é preciso justificar, manter e rentabilizar, ora esta linha é a inversão completa do que é a Região.
O principal eixo de ligação ferroviária Porto-Minho-Galiza terá sempre que passar pelo centro da zona mais populosa do Minho, onde estão Braga, Famalicão e Guimarães, quando se pretende retirar Braga e Guimarães da rede que segue para o Alto Minho e Vigo, e vice-versa, está-se a excluir as duas maiores áreas urbanas do Minho e as principais prestadoras de serviços terciários na Região Minho.
Torna-se evidente que para uma linha com prestação de serviços superior como a de Porto-Braga é necessário ter mercado alvo condizente, ora a Linha do Minho só poderá ter esse mercado quando existir a concordância com a linha Guimarães-Braga-Barcelos. Juntando assim os diversos eixos em confluência para a Linha do Minho.
Um investimento justificável seria a modernização da Linha do Minho no troço Nine-Viana e a construção da ligação Guimarães-Braga-Barcelos, antes da modernização da Linha do Minho de Viana até à fronteira. Desta forma estar-se-ia a cumprir os planos da RAVE e do TAV, que indicavam precisamente a construção da linha Guimarães-Braga-Barcelos como fundamentais à rentabilidade da TAV, utilizando assim os fundos comunitários disponíveis até 2014.
É na confluência dos interesses do Minho que deve estar a forma de actuar dos políticos locais, e não nesta inversão dos investimentos prioritários. É incompreensível que em Braga nenhum politico tenha defendido esta posição, em oposição às reivindicações de Viana do Castelo, que continuarão a atirar o Alto Minho cada vez mais para o "Interior" com custos acrescidos, para o País, de manutenção de auto-estradas e linhas ferroviárias que ligam a todos os lados menos ao coração do Baixo Minho.
Viana do Castelo é parte integrante do Alto Minho, não o contrário, e na tentativa de encontrar o parceiro principal, deveria fazê-lo no Baixo Minho, em dissonância com o que se tem verificado.
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