«É insustentável construir na periferia e deixar centro histórico desertificado»
13 Jan 2012
Hugo Pires destaca oportunidade do PDM e dos planos de reabilitação
O vereador do Planeamento e Urbanismo de Braga promete um novo Plano Diretor Municipal (PDM) até ao final do ano, sem aumentar a área de construção. Em entrevista DM/RUM, Hugo Pires destaca a aposta na reabilitação urbana e no repovoamento do centro histórico e garante que as novas construções nas Sete Fontes não secarão este monumento. O também presidente da Fundação Bracara Augusta fala da Capital da Juventude e diz que quer o quartel da GNR renovado em julho, admitindo que a nova Pousada da Juventude pode não abrir este ano.
Em relação ao título nada a dizer.
No que diz respeito à notícia em concreto:
- continuo a aguardar a consulta pública do PDM prevista desde 2009;
- espero que a dita reabilitação urbana não siga a política das demolições das fachadas principais, ou os acrescentos nas mesmas, que se tem assistido; e que passe antes pela recuperação das fachadas históricas, com a criação de "áreas de reserva arquitectónica" onde todas as fachadas principais têm que cumprir a arquitectura vigente no conjunto envolvente, um sonho digamos;
- espero também que utilizando a revisão do PDM, a CMB cumpra a promessa de permutas de terrenos urbanizáveis, retirando-os da ZEP das Sete Fontes e preservando assim o Monumento Nacional que engloba também a componente ambiental e arqueológica. Estariam assim criadas as condições para um Parque Urbano único em Portugal, com a possibilidade de construção de um Museu e Centro interpretativo da Água, núcleo Museológico, e todo um conjunto de elementos, fontes, lagos, ... que utilizariam a água do complexo das Sete Fontes.
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Esta é bem a prova que não é a tenra idade que garante uma política nova, porque daqui só vislumbramos os maus e velhos vícios de que Braga enferma há mais de 3 décadas...
ResponderEliminarQuem afirma que a construção nas Sete Fontes evitaria que estas se tornassem numa "terra de ninguém", só mostra que não percebe nada de nada. Pois deveria saber que as Sete Fontes é, antes de tudo, "terra de todos", no mínimo há mais de três séculos.
A partir de hoje considero que o jovem Senhor vereador do planeamento e urbanismo da CMB, que acumula a pasta da denominada capital europeia da juventude, é o principal responsável político pelo destino das Sete Fontes. Por isso, sou de opinião que o sucesso desta iniciativa depende do que vier acontecer no corrente ano ao monumento nacional de Braga. Isto é, se o valor do interesse público, do património, do ambiente e da água das Sete Fontes - valores que são acolhidos unanimentente por toda a juventude europeia - continuarem abandonados pela CMB, como estão há vários anos, então eu direi que a Capital Europeia da juventude foi um fiasco, uma hipocrisia e não serviu para nada.
Uma vez mais e sempre cumpra-se a lei. O monumento nacional exige um plano de salvaguarda e não de expedientes de boas palavras para iludir os incautos.
Enfim, direi que o abandono e a contrução nas Sete Fontes, seja ela qual for, são o pior que podemos fazer à juventude bracarense, isto é, ao futuro de Braga.
Miguel Bandeira
Braga, 13 de Janeiro de 2012
Antes demais, obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarDizer que as Sete Fontes se tornarão na "terra de ninguém" sem urbanizações na ZEP, é no mínimo ridículo.
A CMB tem a obrigação de elaborar um Plano de Pormenor e Salvaguarda, e de seguida fazer os devido estudos e os trabalhos arqueológicos com o intuito de criar ali um Parque Urbano único. Com um núcleo Museológico de arqueologia, um Museu e Centro interpretativo dedicado à Água, e um conjunto de elementos que aproveitem a água do complexo para dar vida ao parque.
Assim a envolvente natural, o monumento, e as restantes infraestruturas citadas, criarão um Parque Urbano de excelência a nível Europeu, isto sim é tornar as Sete Fontes na "terra de todos", seria fantástico.