Esta noite estavam visíveis novos achados arqueológicos na Rua dos Chãos.
Trata-se muito provavelmente da conduta identificada na Rua de São Vicente, que foi apontada como pertencendo ao sistema que servia a cidade a partir do complexo das Sete Fontes. Esta conduta está agora a descoberto na Rua dos Chãos, em dois troços distintos.
No primeiro troço, de menor dimensão, verifica-se um enorme conjunto de cabos e tubos, que parecem estar colocados sobre as lajes que tapavam a conduta. Essas lajes encontram-se espalhadas na superfície envolvente, aparentando pouco zelo na sua remoção e acomodação. Estão também na superfície da Rua do Chãos condutas de ferro, provavelmente as que foram colocadas na primeira metade do século XX.
No segundo troço de maiores dimensões, verifica-se que a conduta foi alvo de uma extensa intervenção, para a colocação de uma outra conduta de grandes dimensões, que a cruzou e aparentemente destruiu uma parte significativa da mesma.
As imagens foram captadas com recurso ao telemóvel, pelo que a qualidade das mesmas não é a melhor. Desta forma seria útil, que todos os bracarenses interessados e que possam deslocar-se ao local, captassem novas imagens antes que a conduta sofra mais intervenções, para que se possa questionar as entidades competentes.
Como já foi dito aqui, no âmbito das intervenções do projeto "Regenerar Braga", resta relembrar:
Achando-se ou não, que o resultado estético e funcional foi positivo em muitos dos locais, será sempre de lamentar que elementos arqueológicos de valor tenham sido ignorados, e que as intervenções no subsolo não tenham sido sujeitas a trabalhos arqueológicos prévios, tendo-se limitado ao acompanhamento das mesmas.
No centro histórico de Braga a matriz de intervenção deverá ser sempre a valorização e proteção do património existente, estando toda a intervenção atual sujeita às condicionantes, e não o contrário.
No âmbito do Projeto Regenerar Braga, vários pontos de interesse relativos ao património arqueológico e história de Braga podiam ter sido criados, mas imperou a filosofia de intervenção das últimas décadas.
A exposição aqui feita, será enviada às entidades competentes, com a finalidade de obter esclarecimentos relativos ao acompanhamento arqueológico que está a ser feito, que elementos arqueológicos foram identificados e de que ano é a conduta que aparentemente destruiu significativamente a conduta original.
Mais mensagens relacionadas com o projeto Regenerar Braga.
Sem comentários:
Enviar um comentário