Depois de:
- em apenas sete anos o Minho ter ficado a perder 1.100.000.000€ de investimento no âmbito do PIDDAC regionalizável;
- ter ocorrido centralização a Norte dos fundos comunitários na NUTS III mais rica, o Grande Porto, tendo sido concentrados cerca de 42,4% dos fundos em apenas 3,8% do território e 34,2% da população;
- terem extinguido os Distritos
- ter ocorrido uma perda de 11% de dormidas no Minho nos últimos dados conhecidos, e já no âmbito da nova Região de Turismo Porto e Norte de Portugal.
- todas as divisões estarem a ser efetuadas com base numa futura Região Norte, não sendo permitido aos Minhotos escolherem a sua região, Norte ou Minho.
Surge agora outra péssima notícia para qualquer perspectiva de consolidação do Minho como uma região pujante e alternativa à Área Metropolitana do Porto.
O "supermunicipio" reservado ao Porto já não será apenas o Grande Porto (NUTS III), vão-lhe adicionar a NUTS III Entre Douro e Vouga, além de Santo Tirso e Trofa que já se tinham juntado a este. Ficando assim com uma área idêntica à do Cávado e Ave, mas com uma população de quase 1,7M habitantes que representa quase metade da população da NUTS II Norte. Será portanto a totalidade da atual Área Metropolitana do Porto política, incluindo na realidade áreas de 4 sistemas urbanos distintos.
Isto só demonstra a necessidade de todos os municípios se unirem a quem centraliza os investimentos.
Contudo face a este colosso, para que não existisse qualquer preponderância de algum dos seus arredores, procuraram "equilibrar" todo o restante Norte. O Minho aparece assim mais uma vez dividido em três pequenas parcelas, duas com cerca de 400.000 habitantes e uma com cerca de 250.000. Apesar de existirem instituições como a UM, ou serviços como o Hospital de Distrital, e iniciativas como o Quadrilatero que são separados de parte do seu território.
Agora se percebe claramente a necessidade de extinguir rapidamente a Grande Área Metropolitana do Minho, o caminho pretendido é o de um país a duas velocidades, Porto e Lisboa.
Em Viana do Castelo e Guimarães procuram negar a história onde Braga aparece sempre como a capital do Minho. Parecem não se importar com este desfazer da antiga região, preferindo isso a terem Braga como capital, e ignoram que assim teremos cada vez menos Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Famalicão, Barcelos, Minho... e teremos cada vez mais Porto e arredores no Norte.
A falta de visão política de quem tem governado as Câmaras Municipais do Minho e de quem tem sido eleito pelo Distrito de Braga e Viana assim o determinou.
Em Braga nem uma voz se levanta, quer no PS que governa há 35 anos quer na oposição. E assim se tem permitido a destruição da importância de Braga na região, que sempre foi reconhecida como a capital da Região Minho.
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