O último pôr do Sol de 2014!
Braga podia entrar em cada ano sob o lema "A Porta fica aberta".
Talvez um dia tenhamos uma grande festa de ano novo.
Imagem de Salome Martins Ferreira
A todos um feliz 2015!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Região de Turismo Porto e Norte prejudica todo o Minho - 2
Nesta mensagem, o BragaOn pretende novamente dar a conhecer a todos os minhotos, a realidade dos números do Turismo do Minho, mais concretamente em relação ao número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, atualizados a 19 de dezembro de 2014 no Anuário Estatístico da Região Norte e no dia 12 de novembro de 2014 na base de dados do site do INE. Procurando desta forma elucidar todos os interessados, sobre o que está em curso.
Como se sabe, a Região de Turismo Porto e Norte de Portugal foi criada em Setembro de 2008, e veio substituir as antigas Regiões de Turismo. O Minho era promovido pelas regiões de Turismo Verde Minho, Alto Minho, que funcionaram em pleno até 2007. Desde então a nova região de Turismo tem promovido a marca "Porto e Norte TEM".
Com o intuito de verificar a influência da promoção desta marca, e da restante ação sob a denominação de Região de Turismo Porto e Norte de Portugal, procurou-se comparar 2007 o último ano em pleno das antigas regiões de Turismo, com os valores de 2013, que já refletem mais de cinco anos de atividade e promoção da marca "Porto e Norte".
Nota: Os dados relativos às dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, podem ser consultados até ao nível de município, no site do INE (1, 2).
Tabela e gráfico relativos ao número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, nos 7 anos que compõem o período em análise, na NUTS II Norte e nas NUTS III que o constituem.
Na tabela podemos consultar os valores de Portugal, da NUTS II Norte das NUTS III integrantes do Norte de Portugal e também a soma das 3 NUTS III (Minho-Lima, Cávado e Ave) que compõem quase na integra a antiga região do Minho e os valores do município do Porto.
Como se pode constatar nos dados, em 2013 existiram mais 636.614 dormidas no Norte de Portugal relativamente a 2007. Este aumento foi especialmente acentuado de 2012 para 2013 com um acréscimo de 323.660.
Contudo na análise das NUTS III que compõem o Norte é possível verificar que o crescimento foi muito assimétrico.
Na verdade o Minho (total das NUTS III Ave, Cávado e Minho-Lima) perdeu 140.053 dormidas no período em análise, um recuo de 12,1% relativamente a 2007, passando a representar apenas 20,9% do total do Norte, quando em 2007 representava 27,4%. Todas as 3 NUTS que compõem o Minho, perderam dormidas e cota de mercado dentro do Norte de Portugal.
Em contra partida, o número de dormidas no município do Porto e no Grande Porto cresceram 551.771 (37,8%) e 731.260 (30,7%) respetivamente. Passando o Porto a representar 41,4% do valor total do Norte, contra os 34,5% em 2007, e o Grande Porto a representar 64,0% do total do Norte, contra os 56,3% em 2007.
As NUTS III Douro e Alto Trás-os-Montes, também tiveram perdas de dormidas e de cota de mercado no total do Norte de Portugal, enquanto o Tâmega com um ganho de 74.684 (74,2%) dormidas, passou a representar 3,6% do total do Norte, e o Entre Douro e Vouga com um ganho de 19.403 (22,4%) dormidas, passou a representar 2,2% do total do Norte, face aos 2% de 2007.
É portanto facilmente verificável que a marca "Porto e Norte", tem claramente promovido o "Porto-centrismo", sendo que as 2 outras NUTS III que também apresentam crescimento absoluto e relativo além do Grande Porto, fazem fronteira com este.
Dentro deste panorama, o Minho foi claramente a "sub-região" mais prejudicada.
Apesar do Minho (1), Braga (1,2,3,4), Guimarães (1,2), Peneda-Gerês (1), Viana do Castelo receberem a atenção e distinção dos media nacionais e internacionais, apesar das "lowcosts" terem revolucionado a ligação ao Norte de Portugal através do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (AFSC), ao contrário das inúmeras "notícias" que vão surgindo no Diário do Minho e Correio do Minho (1, 2) sobre a afirmação de Braga e das restantes cidades minhotas, a verdade é que o Turismo do Minho está estagnado.
É hora dos políticos do Minho se reunirem e criarem uma rede que vá "buscar" os turistas ao AFSC e os coloque a dormir em Barcelos, Braga, Guimarães, Viana do Castelo, Peneda-Gerês. Isto só será possível se existir:
- presença da marca e dos produtos minhotos a nível internacional;
- rede de ligação entre os principais destinos e produtos turísticos minhotos;
- criação de roteiros de mais de um dia com os destinos minhotos.
Tudo isto está por fazer, e apesar da intensa propaganda que se vê nos meios de comunicação local, poucas são as notícias que apontam neste sentido.
Em suma, infelizmente a perda de dormidas do Minho tem sido omitida, assim como a enorme centralização das dormidas no Porto e no Grande Porto.
Até quando minhotos?
Urge lutar pelo Minho, neste caso exigir a alteração do nome para Região de Turismo do Norte de Portugal, ou lutar pela criação da Região de Turismo do Minho.
P.S. Os dados presentes no quadro III.11.3 do Anuário Estatístico da Região Norte 2013 são ligeiramente diferentes dos apresentados na base de dados do INE, foi dada preferência à comparação com os restantes dados presente na base de dados do INE, pelo que os valores foram atualizados, para consulta ficam aqui também as tabelas e gráficos com os valores de 2013 presentes no Anuário Estatístico.
Mais mensagens sobre o Turismo na Região Porto e Norte (1,2,3)
Como se sabe, a Região de Turismo Porto e Norte de Portugal foi criada em Setembro de 2008, e veio substituir as antigas Regiões de Turismo. O Minho era promovido pelas regiões de Turismo Verde Minho, Alto Minho, que funcionaram em pleno até 2007. Desde então a nova região de Turismo tem promovido a marca "Porto e Norte TEM".
Com o intuito de verificar a influência da promoção desta marca, e da restante ação sob a denominação de Região de Turismo Porto e Norte de Portugal, procurou-se comparar 2007 o último ano em pleno das antigas regiões de Turismo, com os valores de 2013, que já refletem mais de cinco anos de atividade e promoção da marca "Porto e Norte".
Nota: Os dados relativos às dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, podem ser consultados até ao nível de município, no site do INE (1, 2).
Tabela e gráfico relativos ao número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, nos 7 anos que compõem o período em análise, na NUTS II Norte e nas NUTS III que o constituem.
Tabela síntese da evolução do número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros.
Como se pode constatar nos dados, em 2013 existiram mais 636.614 dormidas no Norte de Portugal relativamente a 2007. Este aumento foi especialmente acentuado de 2012 para 2013 com um acréscimo de 323.660.
Contudo na análise das NUTS III que compõem o Norte é possível verificar que o crescimento foi muito assimétrico.
Na verdade o Minho (total das NUTS III Ave, Cávado e Minho-Lima) perdeu 140.053 dormidas no período em análise, um recuo de 12,1% relativamente a 2007, passando a representar apenas 20,9% do total do Norte, quando em 2007 representava 27,4%. Todas as 3 NUTS que compõem o Minho, perderam dormidas e cota de mercado dentro do Norte de Portugal.
Em contra partida, o número de dormidas no município do Porto e no Grande Porto cresceram 551.771 (37,8%) e 731.260 (30,7%) respetivamente. Passando o Porto a representar 41,4% do valor total do Norte, contra os 34,5% em 2007, e o Grande Porto a representar 64,0% do total do Norte, contra os 56,3% em 2007.
As NUTS III Douro e Alto Trás-os-Montes, também tiveram perdas de dormidas e de cota de mercado no total do Norte de Portugal, enquanto o Tâmega com um ganho de 74.684 (74,2%) dormidas, passou a representar 3,6% do total do Norte, e o Entre Douro e Vouga com um ganho de 19.403 (22,4%) dormidas, passou a representar 2,2% do total do Norte, face aos 2% de 2007.
É portanto facilmente verificável que a marca "Porto e Norte", tem claramente promovido o "Porto-centrismo", sendo que as 2 outras NUTS III que também apresentam crescimento absoluto e relativo além do Grande Porto, fazem fronteira com este.
Dentro deste panorama, o Minho foi claramente a "sub-região" mais prejudicada.
Apesar do Minho (1), Braga (1,2,3,4), Guimarães (1,2), Peneda-Gerês (1), Viana do Castelo receberem a atenção e distinção dos media nacionais e internacionais, apesar das "lowcosts" terem revolucionado a ligação ao Norte de Portugal através do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (AFSC), ao contrário das inúmeras "notícias" que vão surgindo no Diário do Minho e Correio do Minho (1, 2) sobre a afirmação de Braga e das restantes cidades minhotas, a verdade é que o Turismo do Minho está estagnado.
É hora dos políticos do Minho se reunirem e criarem uma rede que vá "buscar" os turistas ao AFSC e os coloque a dormir em Barcelos, Braga, Guimarães, Viana do Castelo, Peneda-Gerês. Isto só será possível se existir:
- presença da marca e dos produtos minhotos a nível internacional;
- rede de ligação entre os principais destinos e produtos turísticos minhotos;
- criação de roteiros de mais de um dia com os destinos minhotos.
Tudo isto está por fazer, e apesar da intensa propaganda que se vê nos meios de comunicação local, poucas são as notícias que apontam neste sentido.
Em suma, infelizmente a perda de dormidas do Minho tem sido omitida, assim como a enorme centralização das dormidas no Porto e no Grande Porto.
Até quando minhotos?
Urge lutar pelo Minho, neste caso exigir a alteração do nome para Região de Turismo do Norte de Portugal, ou lutar pela criação da Região de Turismo do Minho.
P.S. Os dados presentes no quadro III.11.3 do Anuário Estatístico da Região Norte 2013 são ligeiramente diferentes dos apresentados na base de dados do INE, foi dada preferência à comparação com os restantes dados presente na base de dados do INE, pelo que os valores foram atualizados, para consulta ficam aqui também as tabelas e gráficos com os valores de 2013 presentes no Anuário Estatístico.
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