Sé de Braga
Igreja de Santa Cruz
Câmara Municipal
As obras que estão a ser realizadas na rua dos Chãos no âmbito do programa “A Regenerar Braga” colocaram a descoberto mais uma parte do antigo sistema de abastecimento de água das Sete Fontes à cidade. Os achados estão a ser comentados devido à forma como têm sido tratados, originando críticas aos promotores da intervenção. O responsável pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara de Braga garantiu ao Diário do Minho que a ordem é para preservar todo o troço do aqueduto.
Como sabemos o património precisa de divulgação para que possa "chegar" a todos os que visitam a cidade. Uma vez gorada a hipótese de musealização da conduta ou exposição da mesma através de um pavimento para o efeito, a simples referência à conduta no pavimento da Rua de São Vicente, Largo dos Penedos e Rua dos Chãos e a colocação de placas descritivas do Monumento Nacional das Sete Fontes e respectiva conduta, seria uma excelente forma de valorizar a área pedonal que será criada, e uma forma de dar a conhecer as Sete Fontes aos Turistas.
Achando-se ou não, que o resultado estético e funcional foi positivo em muitos dos locais, será sempre de lamentar que elementos arqueológicos de valor tenham sido ignorados, e que as intervenções no subsolo não tenham sido sujeitas a trabalhos arqueológicos prévios, tendo-se limitado ao acompanhamento das mesmas.
No centro histórico de Braga a matriz de intervenção deverá ser sempre a valorização e proteção do património existente, estando toda a intervenção atual sujeita às condicionantes, e não o contrário.
No âmbito do Projeto Regenerar Braga, vários pontos de interesse relativos ao património arqueológico e história de Braga podiam ter sido criados, mas imperou a filosofia de intervenção das últimas décadas.