sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Braga - A ausência de política regional levará à "morte" do Minho

Depois de:
Surge agora outra péssima notícia para qualquer perspectiva de consolidação do Minho como uma região pujante e alternativa à Área Metropolitana do Porto.

O "supermunicipio" reservado ao Porto já não será apenas o Grande Porto (NUTS III), vão-lhe adicionar a NUTS III Entre Douro e Vouga, além de Santo Tirso e Trofa que já se tinham juntado a este. Ficando assim com uma área idêntica à do Cávado e Ave, mas com uma população de quase 1,7M habitantes que representa quase metade da população da NUTS II Norte. Será portanto a totalidade da atual Área Metropolitana do Porto política, incluindo na realidade áreas de 4 sistemas urbanos distintos.
Isto só demonstra a necessidade de todos os municípios se unirem a quem centraliza os investimentos.

Contudo face a este colosso, para que não existisse qualquer preponderância de algum dos seus arredores, procuraram "equilibrar" todo o restante Norte. O Minho aparece assim mais uma vez dividido em três pequenas parcelas, duas com cerca de 400.000 habitantes e uma com cerca de 250.000. Apesar de existirem instituições como a UM, ou serviços como o Hospital de Distrital, e iniciativas como o Quadrilatero que são separados de parte do seu território.

Agora se percebe claramente a necessidade de extinguir rapidamente a Grande Área Metropolitana do Minho, o caminho pretendido é o de um país a duas velocidades, Porto e Lisboa.

Em Viana do Castelo e Guimarães procuram negar a história onde Braga aparece sempre como a capital do Minho. Parecem não se importar com este desfazer da antiga região, preferindo isso a terem Braga como capital, e ignoram que assim teremos cada vez menos Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Famalicão, Barcelos, Minho... e teremos cada vez mais Porto e arredores no Norte.

A falta de visão política de quem tem governado as Câmaras Municipais do Minho e de quem tem sido eleito pelo Distrito de Braga e Viana assim o determinou.

Em Braga nem uma voz se levanta, quer no PS que governa há 35 anos quer na oposição. E assim se tem permitido a destruição da importância de Braga na região, que sempre foi reconhecida como a capital da Região Minho.

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